30 de dezembro de 2010

Comunicação canina (parte3)

 

Demarcando territorio

O conceito de demarcar território normalmente é utilizado como forma de defesa. Em matilhas de lobo, parece que há mais demarcações do que o perímetro da zona que eles realmente habitam.

Marcação de territorio é similarmente abundante nos caninos domésticos. Mas a maioria dos cães domésticos estão presos a ambientes artificiais fechados por muros e cercas e tendem a demarcar em lugares verticais, seria de esperar que a maioria da marcação fosse ao longo do ambiente. Surpreendente no entanto é que cães de livre circulação não foi encontrado esse comportamento. Os bobos donos de cães normalmente não levam ou apenas levam para perto de casa seus cães para marcarem territorio.

Cães de livre circulação não protegem ativamente a área de sua moradia de outros cães de livre circulação, nem o cheiro de sua urina parecem capaz de repelir outros cães de livre circulação, entrando livremente em áreas habitadas e marcando as vezes na frente do morador. Cães domésticos normalmente não são muito territorialistas, recebendo bem alguns visitantes até. Cães podem distinguir o cheiro de outras urinas da sua própria. Também, a resposta à repetidas exposições à urina de cães desconhecidos decrescem cada vez que são expostos mais vezes. Ao invés de demarcar territorio, os cães domésticos parecem marcar com urina os lugares desconhecidos para torná-los familiar, é como ornamentar uma nova casa com móveis e pertences seus.

Além disso, marcação urinária não é exclusiva do sexo masculino. Muitas fêmeas demarcam e ainda algumas levantam a pata para fazê-lo. No entanto, fêmeas levantam a perna de forma diferente dos cães machos levantam. Machos ficam com o corpo extendido um pouco mais para frente, levantam a perna de forma que fiquem mais altas que o quadril a fim de demarcar lugares que fiquem muito alto e de maior distância (e pior alcance). As fêmeas levantam a pata porém na posição de cócoras. Muitas vezes o seu traseiro pode mecher de forma a atingir melhor o local a ser demarcado. A urina então é como um bate-papo “oi, meu name é  bial, eu passei por aqui” “olá, meu nome é core e eu também passei por ai” “olá, meu nome é zé magrelo e eu também passei por aqui, tudo bom com vcs?!” “oi, meu nome é zé ruela e eu tenho 10 meses” “oi, meu nome é pepe e eu sou castrado”.

Ou seja, é apenas uma forma de comunicação de dizer “estive aqui”.

 

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Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

Comunicação canina (parte2)

Licença para ser cão
A testosterona é o hormônio que faz a urina do macho se distinguir da feminina. Por isso, o  “cheiro de macho” depende  da quantidade de testosterona que ele tem. Em muitos mamíferos os adultos tem muito mais testorona que os jovens.  Isso no entanto, não é verdade para os cães. Os níveis de testosterona começam a aumentar quando o cachorro tem por volta de 4 a 5 meses, depois atingem o nível máximo aos 10 meses de idade para depois começar a cair aos 18 meses de idade.  Nos jovens de 10 meses o nível de testosterona pode ser 5 a 6 vezes maior que no adulto.
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O odor da urina portanto, diz qual é a idade do cão. O odor da urina do cachorro é bastante diferente.  O tamanho, o pêlo, a voz o comportamento e sobretudo o cheiro da urina diz qual é a idade real do cão. O seu cheiro de jovem portanto o faz ter a “licença de cachorro” pra dizer  aos mais velhos “olhe o cheiro da minha urina, sou apenas um filhote. desculpa ter pulado em você mordido sua orelha e seu rabo. estava apenas brincandinho”
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E os mais velhos que são sociáveis normalmente são tolerantes à eles. Os machos adultos normalmente não tem muita paciência pras brincadeiras de filhotes, mas não são agressivos com eles na maioria das vezes.
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No entanto, quanto os níveis de testosterona aumentam, o jovem perde a sua “licença de ser cachorro”. É então quando os adultos percebem pelo cheiro da urina que o animal está ficando jovem e pode ser um verdadeiro problema para a harmonia do ambiente. Eles pensam “olha só, ele está crescendo. pode trazer problemas. vamos educá-lo logo antes que seja tarde demais”

Então os adultos (principalmente os machos) começam a praticar bullying com os adolescentes para que eles “se liguem” como é o “esquema” do ambiente e procurem seu devido lugar.

Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

Comunicação Canina (parte 1)

Para os humanos, a maior comunicação é feita através da voz ou da escrita.
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Porém, para os cães há uma larga forma de comunicação como expressões faciais e corporais como: abaixar e levantar a orelha, jogar em arcos, cauda balançando, sorrisos submissos, etc.
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Dois cães “conversando”
Através da voz eles podem se comunicar através de uma gama de latidos como gritos, gemidos, lamentos, gritos, grunhidos.
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Cão vocalizando
Pela forma olfatória através do cheiro do focinho, glândulas da orelha, glândulas do rabo, secreções anais e vaginais e particularmente através do cheiro da urina e das fezes.
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veja bem, esse cachorro além de tudo está inseguro com o que está acontecendo. perceba a patinha levantada, pernas abaixadas, rabo baixo, orelhas em pé como em alerta pra qualquer perigo, olhos arregalados.
Linguagem corporal
Poucos de nós conseguimos distinguir as diferentes formas de comunicação corporal dos cães, porém a maioria de nós sabe dizer se um cão é amigável ou não. O cão parece passar a mensagem com muita pouca dificuldade. É fácil sentir a “aura de confiança”, perceber quando estão relaxados e calmos e ver as posturas corporais. Tais cães transparecem bastante simpatia e alegria. Cabeça erguida, com um grande sorriso canino, marcha confiante e descontraída, garupa levantada.
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Cão passeando relaxadamente ao lado de sua dona. Cauda abanando (dá pra ver pelo ângulo que está inclinada), sorriso canino, cabeça para cima, patas bem postas ao chão exceto a que está levantando para dar outro passo.
Similarmente, também podemos sentir a tensão num cão que n é amigo: cabeça abaixada, orelhas achatadas, lábios levantados, dentes mostrando, rosnando, pelos arrepiados, pernas rígidas e rabo levantado, tenso e normalmente vibrando.
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Cão mostrando-se visivelmente desconfortado e em tom de ameaça. Tronco rígido, lábios levantados, boca a mostra. Provavelmente está sentado por alguma obrigação imposta a quem está atrás da câmera
 
Similarmente é fácil distinguir entre cães de alto nível social e os de baixo nível. Os de alto nível andam confiantes, cabeça e cauda erguidas, grandes olhos e orelhas levantadas.
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Cão passeando ao lado de garotinho mostrando bastante confiança. Cauda erguida, andar relaxada, cabeça levantada.
Por outro lado os de baixo nível se aproximam devagar, em sinal de apaziguamento, andam como se estivesse pedindo desculpas, cabeça baixa, lábios salientes, língua em movimento de lamber, olhos piscando e estreitos, pata levantada ou rabo entre as pernas.
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perceba que o mais pretinho está tentando se esquivar, com orelhas baixas, rabo baixo, olhando para baixo.
Em um caso extremo os cães podem rolar ou se urinar.
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cão demonstrando submissão ao outro mostrando sua parte mais frágil que é a ventral.
É dificil viver mesmo que poucos dias com um cão sem conhecer suas mensagens corporais. A maioria dos donos sabe quando seu cão está alegre, triste, respeitoso, com medo ou agressivo.  De fato, muitos donos de cães tem sucesso ao compreender e descrever os sinais corporais do dicionario de expressões corporais canino que abrange grande parte do repertório de expressões do cão.
A expressão mais incompreendida dos cães é a vocalização.  Latidos e rosnados principalmente sempre são mostrados como ameaça, e em algumas situações realmente são. Mas em outras, não. Latido é para expressar que o cão está em conflito entre duas ações, ou para sugerir o final da ação.
Por exemplo, latido pode significar “eu quero brincar, mas não sei se posso” ou, “eu gosto de você apesar de não ter certeza” ou mesmo “venha aqui, mas mantenha a distância.”
Quando um cão tem algo decidido o que fazer, normalmente ele o faz. Não tem nem a motivação nem a inclinação de latir. Por exemplo, chega visita e seu cão não pára de latir, porém, não morde. Ele está dizendo “ei, aqui é minha casa sabia? eu quero chegar perto mas talvez você não seja confiável. Ei, vc pode entrar aqui assim? É, talvez você possa, mas não mecha em mim nem em nada aqui, ok?” e quando ele decide que a visita ou é amigável, ou é uma ameaça, ele se cala ou simplesmente resolve morder.

O rosnado normalmente é mais utilizado como ameaça. Ronar por sentir-se desconfortável é de longe a forma mais comum que os cães usam. Rosnados assim como mordidas de leve também podem ser chamados para brincadeira. Porém, isso pode ser particularmente preocupante para os donos que não sabem distinguir a diferença dos diferentes rosnados.
A Lu agora está lidando com uma cadelinha que toda vez que ela quer brincar ela rosna e fica pulando na pessoa para brincar. Acaba que com isso, as pessoas ficam com medo dela e como e o que a Lu está fazendo, ela vai falar aqui depois pra vcs.
Cães que rosnam normalmente não são delinquentes ou líderes, muito pelo contrário, eles normalmente são machos inseguro quanto à sua posição social.  Muitas vezes um cão pode rosnar incessantemente para dar ênfase em algo que não nem tão relevante assim. Muitos cães apenas latem e não mordem. Os verdadeiros cães do topo da hierarquia, muitas poucas vezes utilizam-se de qualquer tipo de rosnado ou latido. Eles normalmente são tranquilos e calmos.
Antes de ler esses textos, eu achava que o meu Fred era o topo da hierarquia aqui de casa entre os cães, mas hoje percebo que ele é um cão inseguro quanto à sua posição, porque por um lado, a catarina monta nele e ele deixa e o governa, sendo que Pepe sempre é governado por ele. Porém, Pepe governa e corrige catarina. Então, você imagina como é a salada da hierarquia aqui né? Na maioria das vezes eu não em meto e espero que eles decidam logo quem manda em quem. Quanto tempo isso irá durar, eu não sei. Contanto que eles saibam que a espécie humana é diferente onde não há líderes humanos mas sim seres que eles devem respeito, para mim está bom. Normalmente numa atmosfera de investigação,os cães dão apenas uma pista do que realmente querem. Por exemplo, quando um cão levanta o bumbum e logo depois late, persegue, morde mostra que ele está apenas querendo brincar.

Comunicação olfatória
Muitos donos percebem que seus cães urinam mais do que as necessidades fisiológicas mandam. Minha mãe por exemplo fala direto “mas aline, o fred acabou de fazer xixi, foi só a catarina fazer que ele fez em cima de novo” Ou “a catarina tem bexiga neurogênica porque toda vez que eu chego aqui e brinco com a calopsita ela faz xixi”. E Ian Dulbar explica isso a ela dizendo que os cães usam a urina por mais de uma função como pra mostrar que tá no cio, ou dizer que está livre para o acasalamento, ou até mesmo para dizer “ei, isso aqui é meu, lembra?!”.
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Cão demarcando um local com a urina
(continua)

Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

29 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog VII

Click

Mamíferos marinhos normalmente são treinados com reforço condicionado. Essas são normalmente apitos. Quem começou com esse conceito foi uma estudante universitária nos anos de 60 chamada Keller Breland. Ela chamava de “ponte para o estímulo” pois ela marcava o comportamento exato que ela queria quando os animais estavam no meio do tanque ou no meio do ar e depois davam um peixe como pagamento.
A literatura analítica do comportamento reconheceu esse método. Mas eles tinham mais valores a serem reconhecidos. Nos anos de 1990 mais e mais animais foram sendo treinados com condicionamento operante, reforços positivos e reforço condicionado e assim o público em geral como donos de cachorro aprenderam o jeito de fazê-lo. Os donos começaram a usar aparelhinhos de plástico ou metal que fazia um click para marcar os comportamentos e instaurou-se o “clicker training”.O clicker foi utilizado por treinadores que o utilizavam como uma ponte entre o animal ganhar a comida e comer a mesma. O P.h.d Ogden Lindsley começou a chamar de “marcador de comportamento”. Isso ajudava o treinador a reforçar o exato comportamento no momento exato. Mas ele fez mais que isso. Ele coloca o poder nas mãos, patas ou barbatanas do aluno. Depois o aluno se exibia intencionalmente como quem dissesse “oh, estou fazendo o que você quer. Cadê o click?” Os treinadores chamam esse momento de quando a “luz se acende” e o treino torna-se mais interessante.
Ellen Rhese p.h.d também fala que o clicker marca o fim. Isso mostra “o trabalho está feito” Gary Wilkes fala que o clicker mostra o fim do comportamento. Isso reforça por ele próprio. Porém, isso pode ser um choque para os treinadores tradicionais: “isso não parece natural. Mostra ao aluno que ele pode largar um haltere por exemplo a qualquer momento sem cuidado nenhum, para comer um cachorro quente.”
O filósofo Gregory Bateson fala que de alguma forma o treinamento por condicionamento operante era uma forma de treinar espécies alienígenas. De fato, pode ser. O maior valor do reforço condicionado é a forma como se tem de comunicação com outras espécies.
O clicker pode ser o aparelhinho próprio ou qualquer coisa que tenha um barulhinho semelhante, como caneta, aqueles isqueiros que fazem barulho, etc.


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Outros animais como gatos também podem ser treinados com clicker
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http://www.for-cats-only.com/cat-clicker-training-start.htm

Essa é uma tradução livre feita por mim Aline Viena de Souza e não há permissão prévia de ser reproduzida nem total nem parcialmente em outro lugar sem o contato prévio e a minha autorização.

28 de dezembro de 2010

Dica de leitura boa

Já sigo o @blogbigodes há um tempo no twitter e hoje resolvi ir olhar o blog dele e simplesmente me encantei. Tem vários textos super interessantes, fontes e tudo o mais. Tudo muito atual e inovador. Coisas para se ler com a mente aberta e vontade de aprender.

Não deixem de ir lá e ler principalmente este artigo, este artigo, este artigo e este daqui.

São leituras obrigatórias para quem quer aprender um pouco mais sobre seu melhor amigo.

Beijos

 

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27 de dezembro de 2010

Brake

Resolvi dar uma parada nas postagens do livro.

Por que?? Porque eu simplesmente não sei o que os leitores estão achando. Não há respostas e issso acaba me deixando meio insegura. Como é uma série longa, pode acabar tornando-se chata cansativo a leitura dele.

Então, é isso.

Quero dar apenas uma dica a vocês que é a Sara Favinha da Tudo de Cão está respondendo questões sobre latidos excessivos lá no site Mãe de Cachorro.

O texto é ótimo e vale a pena dar uma olhada.

 

Beijocas para todos.

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meu cunhadinho e minha cunhadinha peludoos

26 de dezembro de 2010

Série Don’t Shoot the Dog VI

Reforço condicionado

O que acontece especialmente quando treinamos usando petiscos como reforço é que não conseguimos “parabenizar” no momento da performance que você encorajou a acontecer acontece.Quando se treina golfinhos para pular por exemplo, não consegue-se reforçar no momento que ele está no ar. Se a cada pulo que o animal der, um peixe for jogado, uma hora ou outra ele vai associar o pulo à comida e irá pular mais vezes. No entanto, ele não tem como saber qual foi a forma que eu mais gostei do pulo. Com isso, leva-se a muitas repetições até que o animal aprenda qual é a forma exata que eu quero que ele se comporte. Para fugir desse problema, nós usamos reforço condicionado.

 

Um reforço condicionado é inicialmente sem sentido ( um som, uma luz, um movimento) que é apresentado durante ou antes de se dar o petisco.

Para golfinhos, treinadores usam um apito que a policia usa que o animal pode ouvir de longe e em baixo da água, além do que, deixa as duas mãos livres para os sinais manuais e dar o peixe. Para os outros animais, usa-se muito o clicker que é um barulhinho semelhante ao de um mouse ou uma palavra reservada para propor um reforço condicionado como “bom garoto” “boa menina” ou “muito bem”.

 

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Reforços condicionados são abundantes em nossas vidas.

A formação prática em treinamento animal com reforços positivos deve sempre começar com reforços condicionados. Antes de começar qualquer treino e do animal saber qualquer coisa em especial, deve-se apresentar o condicionador de reforço. Antes mesmo da comida, carinho, elogio ou qualquer outra coisa. Quando animal já começa a reconhecer o sinal de “bom menino” você já pode começar a entrar com um reforço verdadeiro. Quando você estabelece o condicionador de reforço você tem como falar ao animal exatamente o que você quer do seu comportamento.

O condicionador de reforço é extremamente poderoso. Associar condicionador de reforços com vários outros reforços primários torna-o incrivelmente poderoso. O sujeito pode não estar querendo no momento comida ou carinho, mas ao ouvir o condicionador irá logo associar a algo útil e prazeroso. Uma vez estabelecido o condicionador, você tem que tomar muito cuidado para não jogá-lo simplesmente de lado ou dá-lo sem necessidade e fazer o seu poder se esvair. A autora fala sobre crianças que vão montar em seus pôneis. Ela não tem regras, apenas uma única de não dizer “bom pônei” para os pôneis sem eles terem feito nada pois esse é um reforço guardado para quando ele fizer algo real que merecer o “good pônei”.

Elogios sem sentido ou falsos fazem com que quando o animal ouvir de numa situação real não tenha tanto sentido.

Gente, eu vejo pelas estatísticas que as visitas estão boas, mas por que vocês não comentam?? Não é um falso elogio não, ta? Toda vez que eu vejo um comentário que seja tenho vontade de fazer a próxima tradução mais rápido para que vocês gostem cada vez mais. Então, nãoo faz isso com a tia Aline não, faz um comentáriozinho, ta? Hahaha

Beijos e feliz natal.

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Essa é uma tradução feita por mim, Aline Viena de Souza e não tem permissão prévia para ser reproduzida em nenhum outro lugar. Se houver interesse, entre em contato conosco.

25 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog (V)

Tamanho do reforço

Treinadores iniciantes que usam comida como reforço geralmente são confundidos com o tamanho que um petisco pode ter. A resposta é: tão pequena quanto você poderia sair com ela. Quanto menor o petisco, menor será o tempo em que o animal gastará comendo.Isso não encurta apenas o tempo, ele permite também que o animal receba mais reforços por sessão antes que se sinta satisfeito e desinteressado pela comida.
Geralmente, um pedaço pequeno de uma comida que o animal realmente goste já é suficiente para que se torne interessante para o animal ser treinado e associe os comandos e ensinamentos.
Uma regra de ouro do treinamento é que você pode dar até um quarto da alimentação diária do animal em petiscos durante o treino, o resto você dá livremente. Se você tiver tempo para três ou quarto sessões por dia, você pode dar até oitenta por cento da quantidade diária de comida do animal no treino e dar os outros vinte por cento normalmente. É o que parece o máximo para manter o interesse do animal.
A dificuldade sobre a tarefa também tem algum efeito sobre o tamanho do reforço. A autora relata que uma vez diante do esforço que as baleias do Sea World fizeram (22 pulos) deveriam dar-lhe uma cavala inteira. Depois, quando foram reforçar com os pequenos pedaços de sempre, a baleia simplesmente recusou-se a fazer todos os movimentos por um pequeno cheiro de outro peixe.
Portanto, devemos ter em mente que os petiscos não são o ponto principal do treino, e sim, o objetivo para o qual o animal está sendo treinado. Devemos ter inteligência pra tornar o treino cada vez mais interessante para nossos animais.
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Essa é uma tradução livre feita por mim, Aline Viena de Souza do livro Don't Shoot the dog de Karen Pryor. Não tem, portanto a autorização prévia de ser reproduzido total ou parcialmente sem a minha devida permissão.

23 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog IV

Tempo de reforçar

Como já foi dito anteriormente, o reforço é usado em conjunto com a ação com o intuito de modificá-la. O momento da chegada do reforço é a informação do que você quer exatamente do aluno. Quando alguém está tentando ensinar algo a alguém, o conteúdo informacional torna-se mais importante que o próprio reforço. Relutantes reforços é o maior problema de treinadores iniciantes.

O cachorro senta, mas o tempo que o dono demora de dizer “bom menino” ou “parabéns” o cão já se levantou de novo. Então, qual comportamento o “bom cachorro” marcou?! Levantar. Quando você percebe que você está tendo problemas no seu treino, a primeira pergunta a se fazer é se não está reforçando tarde demais.

Se você está treinando um cão ou uma pessoa, vale a pena ser filmado no meio para perceber se está reforçando tarde demais. A Lu fiúza daqui já me contou que adora filmar ela treinando seus animais porque ela consegue ver erros posturais, pequenos erros que na hora ela nem percebe que cometeu.

Nós sempre reforçamos alguém tarde demais. Reforçar alguém tardiamente pode ser bastante prejudicial.

Reforçar logo de início também é algo inefetivo. Se prometemos algo a crianças, ela talvez com o tempo comece a dizer que não consegue porque todas as vezes as suas tentativas que foram recompensadas e não os seus atos. Um cachorro receber premio toda vez que ele faz menção de começar o comportamento é o mesmo de dizê-lo “mesmo que você não faça tudo, você sempre será recompensado”

O tempo é igualmente importante quando. Quando você chuta o cavalo para andar, ou puxa sua rédea para a esquerda, a cessão desse comportamento é o mesmo que dizê-lo “ok, você fez o certo” Mas se você fica chutando o tempo todo, o seu reforço perde o efeito porque o cavalo pensa “que chato esse cara, só fica me chutando e eu já estou correndo o quanto posso”. Para ilustrar melhor, pense naquele patrão que pra ele tudo está errado? Você pode até perceber que fez alguma coisa errada, mas a sua reclamação não vai passar de burburinho aos seus ouvidos. O reforço negativo tem que parar assim que o comportamento indesejável pare, ou quando o desejável comece.

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Esse texto é uma tradução livre feita por mim Aline Viena de Souza e não tem a autorização de ser reproduzido parcial ou inteiramente em outro lugar sem as devidas formalidades de permissão.


20 de dezembro de 2010

Série: Don't shoot the dog III

Reforço: Melhor que recompensa

O treino pode ser feito quase que inteiramente de reforços negativos e muitos treinadores tradicionais tem feito desse jeito.

Cavalos aprendem a virar à esquerda quando a rédea é puxada porque a pressão irritante cessa quando a curva é feita. O leão vai de costas e fica em cima de um pedestal porque quando ele senta lá, a cadeira ou o chicote são tirados da sua frente.



Reforço negativo no entanto, não é o mesmo que punição. A diferença está que a punição é feita depois que o comportamento que se quer mudar já foi feito, e não tendo muitas vezes efeito de modificar o comportamento. Uma pessoa que por exemplo leva bomba nas notas, pode estudar mais da próxima vez e se dar bem nas próximas provas, porém, ele não pode modificar a nota que acaba de receber.



Quando punimos com intenção, normalmente fazemos isso tarde demais. Porém, essa não é a atual diferença entre punição e reforço negativo.

Comportamentalistas modernos entendem como punição tudo aquilo que faz o comportamento parar na hora.

Um neném que coloca coisas metálicas na parede, provavelmente vai ouvir um berro de desespero ou receber um tapinha em sua mão e o comportamento de inserir o objeto metálico na tomada irá parar na hora. Milhares de outros comportamentos e coisas irão acontecer após isso. O neném irá se assustar, irá chorar, sua mãe sentirá pena, fará um carinho mas, pelo menos, o objeto metálico na tomada irá cessar na hora (talvez o bebe possa repetir futuramente). Isso é o que a punição é.

Skinner define punição como o que acontece quando o resultado leva a perda de algo desejável ou quando o comportamento resulta em algo desconfortável. No entanto, quando o comportamento em curso pára, nós não temos previsão de como acontecerá no futuro. Nós sabemos que o reforço fortalece o comportamento no futuro, mas não sabemos para onde a punição pode levar.

Os comportamentalistas então, olham do seguinte jeito: a diferença entre punição e reforço é o resultado que isso irá trazer.

Reforço negativo pode ser usado efetivamente em um treino e apesar de todos os aversivos utilizados, os resultados poderão ser positivos.

Lhamas por exemplo, são animais muito tímidos e de difícil abordagem se não forem treinadas desde novas. Usava-se muito, reforços como comida para que as Lhamas se aproximassem. Porém, muitas são muito ariscas para permitir qualquer tipo de aproximação, mesmo que elas sejam recompensadas com comida depois. Os novos treinadores estão usando o clicker. A cada vez que elas se deixam ser aproximadas e ficam paradas, eles clicam e vão embora.

É como dizê-las “vou chegar só meio metro de você e não irei fazer nada, se você ficar parada, depois disso irei embora, ok?!”.

Esse processo leva a Lhama a pensar “é, toda vez que fico parada, a pessoa assustadora vai embora.” Permitindo uma aproximação mais rápida, as vezes em questão de 5 a 10 minutos.

Quando alguém toca a Lhama diversas vezes por um longo tempo e depois sai, o gelo é quebrado. Essa pessoa passa a não ser tão assustadora. Agora então, é a hora de entrar o balde de comida. Cria-se então um laço na relação. É como você dissesse “posso tocar em você e você irá ficar parado? Sim?! Eu irei então clicar e te dar essa deliciosa comida.” E a Lhama então tem esse perfeito reforço positivo para o novo comporamento de ficar parado. Ela ganha carinhos, arranhões carinhosos e comida, isso tudo em troca de ficar parada ao invés de correr para longe cada vez que alguém se aproxima. Essa técnica de recuar, ou cair fora cada vez que o animal fica parado é muito utilizado nas técnicas dos “encantadores de cavalo”.


Muitos encantadores desses irão se utilizar de supertições como sons e movimentos que na verdade são apenas marcadores de comportamento. Porém, por mais bonito que possa parecer suas teorias, não são mágicas, são apenas formas operantes de treinamento por reforço.

Enquanto o treinamento com reforços negativos é útil, é bem importante lembrar que no reforço negativo também existe punição. Punição excessiva pode levar a efeitos colaterais nada desejáveis ao treino.


Esse texto é uma livre tradução da obra de Karen Pryor "Don't Shoot the dog" feita por mim, não tendo portanto nenhuma autorização para reproduzi-la em outro local sem as devidas permissões.

19 de dezembro de 2010

Hospedagem para cães


Vai viajar no final do ano?? Vai deixar seu amiguinho peludo num hotel??
então vai ai algumas dicas de um local bom:

1. Veja as instalações e a limpeza do local
2. Pergunte sobre o tempo em que os animais ficam soltos e como é a dinâmica de "vigilância" dos hospedados
3. Veja bem quais são as exigências que irão te fazer (como vacina em dia, vermifugação, anti-parasiticida)
4. Veja se tem algum veterinário que irá ficar de plantão. Nunca se sabe quando emergências poderão acontecer e não serão fachineiras que irão ter o melhor tratamento para seu cão.
5. Seu cão fica nervoso com fogos? Lembre-se: ele estará num local desconhecido, longe dos seus amados donos e haverá fogos. Converse com seu veterinário e caso veja necessidade fale sobre a possibilidade de sedá-lo levemente.
6. Veja como será a dinâmica de alimentação
7. Anote tudo e não fique com vergonha de falar aqueles "mimos" (que as vezes não são mimos e sim formas como seu cão costuma agir)
8. Se seu cão for agressivo com outros cães, avise. Ele deverá ser solto isoladamente dos outros cães, até porque você não quer que seu peludo traga malefícios para outros peludos né?
9. Se seu cão come AN converse com o dono do hotel sobre a possibilidade
10. Não minta nada ao dono do hotel, é injusto para ele, para os outros hóspedes e para o seu cão que trará surpresas talvez nada agradáveis.


No mais, curta as festas e volte logo porque ele irá sentir falta de você.

Série: Don't shoot the dog II

Reforço negativo

Evitar algo que você não quer pode ser reforço também. Pesquisas demonstram que um mal comportamento pode ser aumentado com aversivos caso a mudança de comportamento faça com que o aversivo vá embora. Esses aversivos são chamados de reforço negativo, coisas que as pessoas e animais irão evitar. Reforço negativo pode consistir em um aversivo suave. Um olhar irônico de um amigo quando você conta uma piada sem graça ou um projeto de criança de crianças de ar condicionado que faz você levantar da cadeira.No entanto, mesmo aversivos muito intensos podem funcionar como um reforço negativo bem como as vivências de punição. Reforços negativos podem ser interrompidos ou evitados pela mudança de comportamento.Quando um filho por exemplo começa um comportamento, um aversivo pode pará-lo mas irá começar um novo comportamento.


Ou seja, a utilização de reforços negativos como ignorar, não dar aquele carinho naquele momento ou qualquer outra coisa que o animal ou a pessoa não queira que aconteça, pode ser válido desde que usado de forma consciente e que não dê alternativas para o sujeito começar outro comportamento. Reforçar comportamentos certos é melhor que usar aversivos para comportamentos ruins.








18 de dezembro de 2010

Série: Don't shoot the dog

Hoje vou começar uma série de traduções do livro Don't Shoot the dog de Karen Pryor.
Como vocês vão ver abaixo sobre reforço positivo, falo para vocês que isso foi bem significativo para mim e espero que seja para vocês também.

"Reforço: Melhor do que recompensas.

O que é reforço positivo?

Reforço é tudo aquilo que acontece em conjunto com uma ação, tendendo a essa ação acontecer novamente.
Memorize essa declarção. Esse é o segredo de um bom treino.
Existem dois tipos de reforços: positivo e negativo. O positivo é tudo aquilo que o sujeito queira: comida, carinho, elogio. O negativo é tudo aquilo que ele quer evitar: um apito, uma cara de reprovação.
Um comportamento que já está ocorrendo independentemente da freqüência, sempre pode ser intensificado por reforço positivo. Se você chama um filhote e ele vem, e recebe um carinho ele terá cada vez mais confiança de vir mesmo sem outros treinos.
Imagine que você espera a ligação de alguém, se essa pessoa não lhe ligar, você não poderá fazer nada sobre isso.
O maior ponto do treino é que você não pode reforçar o que não acontece.
Mas, por outro lado, se sempre que as pessoas te ligam você está feliz, isso é um reforço positivo para ocorrer mais vezes.
Oferecer um reforço positivo é o mais básico de um treinamento sob reforços.
Na literatura de psicologia você poderá encontrar os termos “métodos comportamentais foram usados” ou “o problema foi resolvido com uma abordagem comportamental.”
Todos esses meios, é porque eles substituíram os reforços positivos pelos métodos que usavam.
No entanto, a substituição pelo método positivo é necessária.
O reforço positivo pode ser usado até em você mesmo.




A autora fala no livro sobre um senhor que era viciado em jogos de squash. Ele falou então a ela que iria usar suas técnicas de reforço positivo em seu treino, e lhe contaria depois. Duas semanas depois o senhor voltou contando que havia subido 4 “degraus” em sua classe porque ao invés de amaldiçoar toda vez que errava, começou a elogiar todos os seus bons tiros.


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Os reforços são relativos e não absolutos. Chuva por exemplo é um reforço positivo para patos, negativo para gatos e neutro para vacas que estão dentro do curral. Comida por exemplo, não é um bom reforço uma vez que você já tenha feito uma refeição e esteja satisfeito.Sorrisos e elogios podem ser inúteis uma vez que a outra pessoa estão tentando lhe irritar.Portanto, o que vai ser ofertado como reforço deve ser algo que o sujeito queira e goste.Isso faz o treino de cada um ser diferente e inovador, trazendo desafios para o treinador e treinado. É útil ter uma gama de reforços para um mesmo treino. Baleias assassinas usam variados reforços e sempre fazem esforço para ter sua recompensa. No entanto, elas nunca sabem qual será o reforço da próxima ação de modo que em muitos shows o uso de peixes como recompensa não é nem necessário.
A necessidade de mudar de reforços é interessante e desafiador para o treinador e o treinado.
Reforços positivos são bons para humanos também como ganhar presentes onde tem que se adivinhar o que irá ganhar. Para o presenteador também é bom adivinhar o presente certo. Na nossa cultura, a tarefa de presentear muitas vezes é da mulher.Um homem que observa os poderes dos reforços positivos tem, sem dúvidas, um passo a frente dos outros homens que não perceberam."

Agora espero o reforço positivo de vocês comentando e dando sugestões do que acharam.



Essa é uma tradução livre feita por Aline Viena de Souza e não deverá ser copiada sem devida permissão.

Psicologia Reversa

O Fred é um cão terrivel em questão de obediência. Ele só obedece quando quer e no grito.
Acontece que ele está latindo muito para os vizinhos e quando eu estou em casa tento amenizar a fúria da vizinha e a de minha mãe, pois é o dia todo.
Mostro sandália, ele pára. Mostro vassoura, ele pára (ele nunca apanhou de vassoura, tá? é só porque ele se assusta quando ele próprio derruba). Mas nunca é uma coisa duradoura.
Então resolvi fazer diferente e como a Lu ja tinha me dito pra fazer há um tempo. Ele latia, eu dava carinho a quem estava quieto e com a voz tatibitati que ele mais gosta que seja endereçada a ele.

Depois de umas cinco tentativas, finalmente ele resolveu que só receberia carinho da mamãe quando estivesse ao meu lado e associou a ficar quieto sem latir, a estar comigo recebendo carinho e beijinho da mamãe.
Se ele não fosse tão infernal, eu o chamaria de fofo. rs

17 de dezembro de 2010

Novidade na área

Mamis e papis de cachorrinhos sempre querem o melhor para seus filhotes peludos. E nisso de pensar no melhor, queremos cercá-los de todos os cuidados possíveis incluindo ai a alimentação. Muita gente tem vontade de fazer uma dieta preparadinha pra os peludos mas, com a vida moderna, corre corre, a ração se torna o meio mais prático.

Mas para meu entusiasmo, surgiu agora um projeto lindo e super inovador que é o Pet Delicia.
Eles fazem "comidinha gostosa da mamãe" e já deixam prontinha pros pimpolhos. A Ana Paula que é mestranda em nutrição de cães e gatos, está no projeto e não poderia ser diferente o sucesso que já está fazendo.

Parabéns Ana Paula, parabéns a toda equipe pela ideia. Quem tem a ganhar só são os peludinhos.

E pra quem quiser dar uma olhada no projeto, é só dar uma conferida no site





Ps.: to retornando aos poucos, mas to.
e a Lu tá aqui pra trazer posts super interessantes.

13 de dezembro de 2010

Errar...

No domingo de manhã estava tomando café com a minha família e conversando com eles sobre meus cães. Até que minha mãe comentou sobre a euforia exagerada que minha cadela sempre fica ao me ver, e como no sábado minha mãe foi corrigi-la e viu que em apenas um "não!" os meus 3 cães imediatamente pararam o que estavam fazendo, sentaram-se e ficaram parados olhando na direção dela. Minha mãe achou engraçado como eles reagiram rápido a apenas 1 repreensão.

Nisso, eu ri e disse: "é mãe, é pq quase nunca eles estão errados!" e minha amiga que estava conosco se surpreendeu e perguntou: "mas se eles nunca estão errados, como sabem o significado do 'não' tão bem?".

Existem muitas pessoas que criam, conscientementee ou não, situações em que o cão é induzido a errar, e a partir daí marcam o "não!" e corrigem. Se torna uma espécie de jogo, onde, dependendo do cão, vai gerar uma grande ansiedade ou uma grande disputa. Um cão que é induzido a errar e, quando erra, é punido, pode ficar ansioso, nervoso, sem nunca saber o que pode ou não fazer, perde a confiaança no seu dono; ou pode ser aquele cão "surdo" que sempre vai fazer o que der na telha e ignorar solenemente o dono até vir uma punição mesmo, e essa punição terá q ser cada vez pior e mais forte...

... e é nessas que vem a idéia "aaah! meu cão não tem jeito! tem horas q ele só obedece com susto, ou apanhando!!!" --> o que não faz o menor sentido!!!!

A questão é que quem define regras claras e cumpre as próprias regras não precisa punir um cão durante o manejo.

Só para deixar claro: quando me refiro a punição digo punição positiva, aquela que você usa uma coisa que o cão não gosta (aversivo) para interromper um comportamento. Por exemplo: bater, espirrar água, choque, grito, ameaça, chinelos voando, latinhas com moedas dentro etc.

Para criar regras básicas é preciso que todos da casa concordem: cães não entram nessa parte dda casa, por exemplo. Regra criada, regra obrigatóriamente cumprida. O cão nunca vai poder entrar naquela parte. Se o cão não pode pular na sua avó, não permita que ele pule em ninguém, nem em você ddurante as brincadeiras! E assim vai. Não adianta permitir em algumas situações e proibir em outras.

Além disso, existem questões que estão na natureza dos cães! Por exemplo: se você tem um filhotinho novo em casa, não é inteligente deixar ele ter acesso ao varal de roupas.... aqueles panos flutuando no ar e tremulando com o vento parecem uma excelente brincadeira! O cãozinho não irá resistir!!! E depois é pura maldade brigar com o filhote por ter sujado e rasgado as roupas... O que é da natureza do cão, como brincar, latir, correr, morder etc, tem q ter momento e local corretos, mas ele tem que ter a chance de fazer essas coisas! De ser cachorro!

Então, meus cães, raramente estão errados. Porque eles podem e devem ser cães e as regras que eu estipulei estão sempre claras e nunca mudam. Eles tem lugares que podem ir, lugares que não podem, coisas que podem fazer e coisas que jamais podem fazer. Mas brincam, correm, e podem agir como cães o quanto quiserem, minha casa é preparada para eles.

As regras são claramente e continuamente treinadas e relembradas, em caso algum deles "esqueça". Mas sem stress, sem punição, sem dor nem sustos!

Agora, ainda assim, cães algumas vezes aprontam novidades que consideramos ruins para nossa relação. Como a euforia exagerada da minha cadela, que fica girando em volta de mim correndo e não pára, ao ponto de ninguém conseguir se aproximar até que ela se acalme. E, nessas horas, é bom que ela saiba o "não!".

E para ensinar o "não!" eu usei, com meus 3 cães, o que chamamos de punição negativa. Mas isso é assunto pra ooooooooooutro post! heheheheheheh

Até a próxima!